Jatinho de Alok tinha 3 passageiros a mais no dia de acidente em MG, indica investigação do Cenipa

  • 14/12/2025
(Foto: Reprodução)
Vista lateral do jatinho do DJ Alok, que acidentou-se em Juiz de Fora, em maio de 2018 Cenipa/Reprodução O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu que o jatinho do DJ Alok estava com três passageiros a mais do que poderia transportar na viagem entre Juiz de Fora e Belém (PA) no dia 20 de maio de 2018. A aeronave acidentou-se no momento da decolagem, quando deixava o Aeroporto Francisco Álvares de Assis (Serrinha) em direção a Belém (PA). O jatinho extrapolou o limite longitudinal da pista, saindo pela cabeceira oposta e indo parar próximo a um barranco. Não houve feridos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Ao todo, nove pessoas estavam a bordo (2 pilotos e 7 passageiros). O sistema de gerenciamento de voo (FMS), no entanto, foi configurado para decolar com 6 ocupantes, sendo 2 pilotos e 4 passageiros. Ainda segundo o documento do Cenipa, o voo do Cessna 560XL, prefixo PR-AAA, teve alterações de última hora, incluindo atraso no horário de saída e adição dos passageiros. Os dados investigativos apontados no relatório não tem o objetivo de determinar responsabilidades administrativa, civil ou criminal, mas sim prevenir novos acidentes. A assessoria do artista foi procurada pelo g1 para saber se gostaria de comentar o relatório, mas não retornou. Os nomes do piloto e do copiloto não foram divulgados. Voo inicialmente planejado para outro aeroporto Inicialmente, a previsão era de que a viagem ao Pará partisse do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, mas o avião somente com piloto e copiloto acabou saindo do aeródromo vizinho a Juiz de Fora e pousando 10 minutos depois do Aeroporto da Serrinha, onde embarcaram os passageiros. Após o jatinho sair da pista, houve um pequeno princípio de incêndio na vegetação rasteira ao redor do trem de pouso principal. O fogo foi contido pelos pilotos com a utilização do extintor de incêndio da aeronave. À época, o DJ chegou a comentar nas redes sociais que havia “renascido”. Veja abaixo. DJ Alok no Instagram após incidente com avião em Juiz de Fora em 2018 Aeronave adquirida no mês anterior Conforme o documento do Cenipa, datado do dia 25 de novembro, piloto e copiloto estavam qualificados e possuíam experiência no tipo de voo. Era a primeira vez, no entanto, que eles operavam a aeronave do aeroporto de Juiz de Fora. As condições meteorológicas eram favoráveis ao voo visual no dia. O relatório também apontou que o jatinho, de propriedade do DJ, havia sido adquirido há pouco mais de um mês da data da ocorrência, com para dar maior agilidade e conforto ao artista no cumprimento de sua agenda de compromissos em diferentes regiões do país. Decisões operacionais inadequadas O relatório final, divulgado no dia 25 de novembro, não tem o objetivo de determinar responsabilidades criminais, mas sim prevenir novos acidentes. Durante as investigações, foi concluído que a aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AAA, de propriedade do DJ, tentou decolar com 175 kg acima do peso máximo permitido pelo fabricante. Avião que transportava DJ Alok saiu da pista em 2018 em Juiz de Fora TV Integração/Reprodução O Cenipa concluiu que, durante a corrida de decolagem, a luz de aviso 'NO TAKEOFF' acendeu duas vezes, o que sinalizou risco na operação. Mesmo assim, os pilotos continuaram o procedimento até próximo da velocidade de rotação (VR) e só então decidiram abortar, já de forma tardia. 🔎 O termo 'NO TAKEOFF' no avião refere-se a um aviso crítico de segurança que indica que a aeronave não está configurada corretamente para uma decolagem segura. Como o procedimento foi interrompido já em alta velocidade, o avião ultrapassou o limite da pista e parou em uma ribanceira. Falta de atualização de dados e passageiros extras O relatório afirma que o voo tinha como destino Belém (PA), após apresentação do artista em Juiz de Fora. A bordo estavam dois pilotos e sete passageiros, sendo que três deles embarcaram sem coordenação prévia com a tripulação. Stories de Alok no Instagram após o acidente em 2018 Reprodução/Alok/Instagram Essa alteração não foi registrada no sistema de gerenciamento de voo (FMS), o que levou os pilotos a acreditar que a aeronave estava dentro do peso máximo permitido. O modelo Cessna 560XL tinha limite de 9.072 kg para decolagem, segundo o fabricante. No entanto, no momento da tentativa de decolagem, a aeronave pesava cerca de 9.247 kg, ou seja, 175 kg acima do peso máximo permitido. A investigação também identificou: Falhas de comunicação entre o operador e a tripulação; Planejamento inadequado e falta de coordenação na cabine (incluindo ausência de procedimentos definidos para situações de emergência); O aviso 'NO TAKEOFF' já havia acendido no dia anterior ao incidente, sem gerar consequências. Para os investigadores, essa experiência pode ter levado os pilotos a supor que o alerta se tratava apenas de um mau contato, o que favoreceu uma postura de complacência, não dando a devida atenção. Centro de Investigação concluiu relatório sobre acidente com avião do DJ Alok LEIA TAMBÉM: Relembre acidente com avião de DJ Alok; relatório do Cenipa cita falha humana e excesso de peso Avião de Alok saiu da pista em Juiz de Fora por excesso de peso e falha da tripulação, aponta investigação Alok posta novo vídeo de incidente com avião: 'Ainda sem acreditar que sobrevivemos' VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/12/14/jatinho-de-alok-tinha-3-passageiros-a-mais-no-dia-de-acidente-em-mg-indica-investigacao-do-cenipa.ghtml


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